Para entender as Síndromes de Ehlers Danlos

Antes de começar a falar sobre as Síndromes de Ehlers Danlos (SED) é importante entendermos como nosso corpo é formado.

Talvez você ache um pouco chato no começo, mas não desista. Vai valer a pena!

A única conta que somamos 1 + 1 e o resultado é 1

Somos oriundos da fusão de duas células, o espermatozoide e o óvulo, que formam o embrião. No processo de formação do feto as células vão se multiplicando e dão origem aos tecidos e aos órgãos.

Temos quatro tipos básicos de tecidos na composição do corpo humano. São eles:

1. Tecido epitelial
2. Tecido muscular
3. Tecido nervoso
4.  Tecido conjuntivo

Para entender sobre as SED, precisamos conhecer um pouco mais sobre o último da lista. Vou me ater apenas a esse.

Tecido Conjuntivo, o nome não diz tudo

Qual a primeira ideia que vem na sua cabeça quando lê “tecido conjuntivo”? Não sei você, mas penso em conexão. Bem, ele é mais que isso.

Acompanhe a lista abaixo para entender as diversas funções do tecido conjuntivo:

• Preenchem os espaços entre os tecidos;
• Absorvem os  impactos no corpo;
• Fornecem suporte para os órgãos moles;
• Formam a bainha que envolve os músculos e nervos;
• Constituem os tendões que prendem o músculo no osso;
• Integram o esqueleto que sustenta e protege o corpo;
• Armazenam energia e promovem isolamento térmico através do tecido adiposo;
• Transportam nutrientes, oxigênio e resíduos através do sangue;
• Realizam a defesa do nosso organismo, a partir da produção de células como o macrófago, linfócito e mastócito.

Somos feitos de proteínas

O tecido conjuntivo é formado por um variado número de células e uma matriz extracelular (uma espécie de sopa de proteínas e outras substâncias produzidas pelas células).

A função que o tecido conjuntivo exerce depende de qual proteína ele é formado e de como se organiza estruturalmente.

A proteína mais abundante no tecido conjuntivo é o colágeno. Temos em torno de 20 categorias de colágenos diferentes codificadas por mais de 30 genes diversos. É essa especialização que ajuda a diferenciar a arquitetura dos tecidos conjuntivos.

Para melhor compreensão, observe os exemplos abaixo:

• O colágeno do tipo I oferece resistência (tensão e força) aos ligamentos, aos tendões, à pele, à dentina e ao tecido ósseo.
• O colágeno do tipo II confere resistência (pressão) à cartilagem elástica, por exemplo, a orelha e a laringe.
• O colágeno do tipo III forma base estrutural de órgãos como baço, fígado, pele e vasos sanguíneos.

O corpo humano é fantástico!

Dessa forma, o tecido conjuntivo representa o tecido mais abundante no organismo, auxiliando seu corpo a funcionar em harmonia.

Penso que você já saiba tudo que precisamos sobre o tecido conjuntivo. Agora podemos conhecer sobre as Síndromes de Ehlers Danlos – Tema do próximo artigo, aguarde!

Texto escrito por Dra Kaliny Cristine Trevezani de Souza
CRMDF 20469

As informações contidas nesse site são unicamente informativas e não tem a intenção de constituir ou substituir uma consulta médica. Em caso de necessidade, agende um atendimento.

Referência bibliográfica

https://opentextbc.ca/anatomyandphysiologyopenstax/chapter/connective-tissue-supports-and-protects
https://histologyguide.com/slidebox/03-connective-tissue.html

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