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Entenda os Efeitos dos Transtornos Sensoriais em Crianças e Adolescentes

Como Transtornos Sensoriais afetam crianças e adolescentes

Conteúdo

Transtornos sensoriais ocorrem quando o cérebro tem dificuldade em receber e responder a informações que chegam pelos sentidos. Isso pode resultar em uma reação exagerada (hipersensibilidade) ou reduzida (hipossensibilidade) a estímulos. Por exemplo, uma criança pode achar o som de um aspirador de pó insuportável ou, ao contrário, pode buscar estímulos intensos, como apertar objetos com muita força.

Principais sinais de Transtornos Sensoriais em crianças e adolescentes

1. Hipersensibilidade

  • Som: Crianças que cobrem os ouvidos diante de sons que outros consideram normais, como o barulho de um liquidificador ou música alta.
  • Toque: Reações negativas a roupas com etiquetas, certos tecidos, ou a sensação de sujeira na pele.
  • Visão: Intolerância a luzes brilhantes ou a estímulos visuais intensos, como salas coloridas ou padrões visuais complexos.
  • Gosto e cheiro: Rejeição a certos alimentos por causa da textura ou cheiro, preferindo uma dieta restrita e repetitiva.

    • 2. Hipossensibilidade

      • Som: Atração por sons altos ou repetitivos, como bater objetos ou ouvir música em volume muito alto.
      • Toque: Busca por pressão ou toque forte, como abraços apertados, ou comportamentos como morder ou apertar objetos.
      • Movimento: Necessidade constante de movimento, dificuldade em ficar parado, ou busca por atividades que envolvam risco físico.

        • Como os Transtornos Sensoriais Afetam o Dia a Dia

          Crianças e adolescentes com transtornos sensoriais podem enfrentar desafios consideráveis em suas rotinas diárias. Esses desafios podem impactar desde a socialização até o desempenho escolar. Uma criança que é hipersensível a ruídos, por exemplo, pode achar difícil se concentrar em uma sala de aula barulhenta, enquanto uma criança que busca estímulos táteis pode ter dificuldades em ambientes onde o toque físico não é bem-vindo.

          Impacto no Desempenho Escolar

          Transtornos sensoriais podem interferir diretamente no aprendizado. Uma criança que se sente sobrecarregada por estímulos sensoriais pode ter dificuldade em prestar atenção, completar tarefas ou participar de atividades em grupo. Além disso, essas crianças podem se isolar ou reagir desproporcionalmente a situações que outras crianças consideram normais.

          Relação com o autismo e outras condições

          Transtornos sensoriais são comuns em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para essas crianças, a resposta a estímulos sensoriais pode ser tão intensa que pode dificultar a participação em atividades sociais, a comunicação e o comportamento diário. Além do autismo, outras condições como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e hipermobilidade também podem estar associadas a dificuldades sensoriais.

          Como ajudar crianças e adolescentes com Transtornos Sensoriais

          1. Criando um ambiente sensório seguro

          • Reduza estímulos externos: Evite locais com ruídos excessivos, luzes brilhantes ou cheiros fortes. Prefira ambientes calmos e previsíveis.
          • Use ferramentas sensoriais: Ofereça fones de ouvido para reduzir o ruído, óculos de sol para luzes intensas, ou brinquedos sensoriais que auxiliem a criança a se regular.

            • 2. Desenvolvendo Estratégias de Enfrentamento

              • Rotinas consistentes: Manter uma rotina regular ajuda a reduzir a ansiedade em crianças que têm dificuldades em lidar com mudanças repentinas.
              • Comunicação aberta: Incentive a criança a expressar como se sente em relação aos estímulos sensoriais. Pergunte regularmente como ela está se sentindo em diferentes ambientes.

                • 3. Quando procurar ajuda profissional

                  Se os transtornos sensoriais começam a impactar a qualidade de vida da criança ou adolescente, é importante buscar ajuda de um profissional de saúde. Terapeutas ocupacionais, pediatras especializados e psicólogos podem ajudar a desenvolver planos de intervenção personalizados que atendam às necessidades específicas de cada criança.

                  Exemplos Práticos do Dia a Dia

                  • Brincadeiras sensoriais: Ofereça atividades como modelar massinha, brincar com areia ou água para auxiliar a criança a explorar diferentes texturas em um ambiente controlado.
                  • Adaptações na escola: Converse com os professores sobre a importância de adaptar o ambiente escolar, como permitir que a criança use fones de ouvido ou se sente em um local mais tranquilo.
                  • Atividades de descompressão: Inclua momentos de relaxamento ao longo do dia, como pausas sensoriais, onde a criança pode relaxar em um ambiente de baixa estimulação.

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Dra Kaliny Cristine Trevezani de Souza
Pediatra e Cardiologia Pediátrica
CRMDF 20469 / RQE 12424 / RQE 12456

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