Para Além do Rótulo do Autismo.
Muitas vezes, o diagnóstico de TEA é apenas o começo da jornada. Além disso, comportamentos desafiadores podem, portanto, ser sinais de condições médicas não diagnosticadas que, consequentemente, causam dor e sofrimento.
Comorbidade é a Norma, não a Exceção.
A ciência é clara: o autismo raramente vem sozinho. Ignorar essa realidade é arriscar o bem-estar físico e emocional do seu filho. Entretanto, a boa notícia é que entender isso é o primeiro passo para mudar o futuro.
- ✓ 70% das pessoas no espectro têm ao menos uma condição coexistente.
- ✓ 50% têm mais de uma, impactando a saúde, o sono e o comportamento.
- ✓ Portanto, identificar e tratar essas condições pode transformar a qualidade de vida de toda a família.
O “Sombreamento Diagnóstico”: O Ciclo do Sofrimento
Este é o principal obstáculo: a tendência de atribuir qualquer sintoma ao autismo, ao mesmo tempo ignorando outras possíveis causas médicas. Por isso, compreender esse ciclo é fundamental, pois somente assim é possível quebrá-lo.
.Dor ou Desconforto
Ou seja, uma condição médica não tratada (ex: dor de dente, refluxo).
Comportamento
A criança expressa a dor através de agressão, irritabilidade ou autoagressão.
Interpretação
O comportamento é visto como “apenas parte do autismo”.
Ciclo Vicioso
A causa real não é tratada. Então, a dor e o comportamento pioram.
Decodificador de Comportamentos: O Corpo Grita em Silêncio
Sendo assim, os comportamentos mais desafiadores podem ser a única forma de comunicação da criança sobre um sofrimento físico. Clique em um comportamento para ver as possíveis causas médicas ocultas.
O que você observa? (Clique para decodificar)
O que pode realmente ser?
Selecione um comportamento ao lado para descobrir as possíveis causas médicas que podem estar por trás dele. Essa informação é essencial, pois vai orientar sua próxima conversa com o pediatra de forma mais informada e segura.
Comorbidades Comuns em Números
As estatísticas deixam claro a urgência de realizar uma investigação médica completa.
Distúrbios Gastrointestinais
Distúrbios do Sono
Transtornos de Ansiedade
Epilepsia
O Peso nos Ombros dos Pais
Como resultado, o ciclo de sofrimento não afeta apenas a criança; ele também impõe um fardo emocional imenso aos pais, que muitas vezes se sentem perdidos, culpados e exaustos. No entanto, é importante lembrar: você não está sozinho.
A Culpa que Não é Sua
Sentir que está falhando é comum, mas a verdade é que, muitas vezes, você está tentando resolver o problema errado por não ter as informações adequadas. Por isso, a falha não é sua, ela resulta de um diagnóstico incompleto.
Burnout Parental
Viver em alerta constante, “apagando incêndios” sem resolver a causa, leva à exaustão física e mental. Sendo assim ele vive em estado de “cuidador-bombeiro”, que é insustentável.
Isolamento Social
Comportamentos imprevisíveis, causados por dor, levam ao isolamento. Ou seja, o medo do julgamento e a dificuldade de manejar crises em público afastam a família do convívio social.
Quebre o Ciclo: Seu Plano de Ação Estratégico
A informação é poder. Com as ferramentas certas, você pode mudar a narrativa, ou seja, passar de um cuidador reativo para um investigador e defensor proativo do bem-estar do seu filho.
Você é o maior especialista no seu filho. Então,transforme suas observações em dados concretos para apresentar aos médicos.
- Sendo assim, mantenha um diário detalhado: Anote comportamentos, alimentação, sono, funcionamento intestinal e possíveis sinais de dor.
- Use evidências em vídeo: Afinal, um clipe curto de um comportamento pode ser mais poderoso que mil palavras.
- Por fim, faça perguntas direcionadas: Em vez de “Ele está agressivo”, tente “Notei que a agressividade aumenta após ele consumir laticínios. Podemos investigar uma questão gástrica?”.
O cuidado de uma criança com alta probabilidade de comorbidades exige uma abordagem multidisciplinar. Isso não é um luxo, é uma necessidade.
- Pediatra/Clínico Geral: O coordenador central.
- Neurologista: Para investigar convulsões, distúrbios do sono, dores de cabeça.
- Gastroenterologista: Para questões digestivas e alimentares.
- Psiquiatra: Para diagnosticar ansiedade, TDAH, depressão.
- Fisioterapeuta/Terapeuta Ocupacional: Para avaliar questões motoras.
- Psicólogo/Terapeuta Comportamental: Para ajudar a gerir comportamentos *depois* que as causas médicas forem descartadas ou tratadas.
Em suma, compreender o autismo e suas possíveis causas médicas é o primeiro passo para oferecer o cuidado adequado e melhorar a qualidade de vida do seu filho. Além disso, quanto mais informações você tiver, mais preparado estará para tomar decisões conscientes e apoiar seu filho de forma efetiva. Portanto, não espere mais: descubra estratégias, orientações e insights valiosos acessando Desvendando o Autismo: Compreensão, diagnóstico e tratamento.