Seu filho tropeça mais do que os colegas? Aparecem hematomas “do nada”? Ou ele reclama de dores nas pernas no fim do dia? Esses sinais podem indicar algo além de distração ou falta de atenção: a hipermobilidade.
Muitos pais escutam frases como “ele é desastrado” ou “ela não presta atenção por onde anda”. Entretanto, a realidade é que o corpo pode estar dando sinais silenciosos de que precisa de cuidado.
Neste artigo, você vai entender o que é hipermobilidade, como ela se manifesta em crianças, os sintomas mais comuns, o impacto nas quedas frequentes e quando procurar ajuda médica.
O que é hipermobilidade?
A hipermobilidade acontece quando as articulações de uma criança se movem além do esperado para a idade. Isso pode parecer uma “vantagem” no início, já que muitos são elogiados por serem flexíveis. Entretanto, para algumas crianças, essa condição vem acompanhada de dores, cansaço, dificuldades motoras e quedas repetidas.
Crianças com hipermobilidade precisam gastar muito mais energia para se manter em pé, o que torna a fadiga e as quedas quase inevitáveis.
Principais sintomas da hipermobilidade infantil
Nem toda criança com hipermobilidade apresenta sérios problemas. Entretanto, quando há sintomas associados, é importante investigar. Os sinais mais comuns incluem:
- Quedas frequentes, principalmente ao fim do dia.
- Dores musculares ou articulares (pernas, joelhos, pés).
- Hematomas que surgem sem motivo aparente.
- Cansaço rápido em atividades físicas.
- Dificuldade de coordenação motora.
- Crises sensoriais ou desconforto com roupas e estímulos.
Quedas frequentes em crianças: é normal?
Crianças pequenas caem com frequência, afinal, estão desenvolvendo habilidades motoras. Entretanto, quando os tombos se repetem de forma exagerada, principalmente em crianças maiores, é um alerta para os pais.
As quedas frequentes podem estar relacionadas a:
- Instabilidade articular: as articulações não oferecem suporte suficiente.
- Fadiga muscular: os músculos cansam mais rápido.
- Percepção corporal confusa (propriocepção): dificuldade em entender a posição do corpo no espaço.
Portanto, se você observa que seu filho tropeça, se machuca ou apresenta dores constantes, é hora de procurar um especialista.
Impactos da hipermobilidade no dia a dia
A hipermobilidade pode afetar diferentes áreas da vida da criança, e muitas vezes isso passa despercebido pelos adultos ao redor.
Na escola, é comum que a criança tenha dificuldade em permanecer sentada por muito tempo. Além disso, queixas de dores após escrever, desenhar ou carregar a mochila podem aparecer com frequência, interferindo diretamente no aprendizado e na concentração.
Nos esportes e nas brincadeiras, o impacto também é visível. O cansaço chega mais rápido, tornando difícil acompanhar o ritmo dos colegas. Muitas vezes, a criança evita correr, pular ou participar de jogos coletivos por medo de cair ou se machucar.
No aspecto emocional, essas limitações podem pesar ainda mais. O sentimento de ser diferente dos amigos, somado à frustração de não conseguir acompanhar determinadas atividades, pode gerar ansiedade e abalar a autoestima.
Sendo assim, compreender os sinais da hipermobilidade é essencial não apenas para cuidar da saúde física, mas também para proteger o bem-estar emocional da criança.
Quando procurar um médico especialista?
A hipermobilidade nem sempre é um problema. Muitas crianças são naturalmente flexíveis e levam a vida sem limitações. Entretanto, é necessário buscar ajuda quando:
- As quedas são frequentes e causam machucados.
- A criança sente dor recorrente em músculos ou articulações.
- Há limitação para brincar ou praticar esportes.
- O cansaço é excessivo no dia a dia.
O ideal é procurar um profissional que conheça Hipermobilidade e que seja capaz de articular os demais profissionais. Esse profissional pode indicar exames, acompanhamento fisioterapêutico e estratégias de fortalecimento muscular.
Como apoiar uma criança com hipermobilidade?
Pais e cuidadores têm um papel essencial. Algumas atitudes ajudam no dia a dia:
- Incentivar exercícios de fortalecimento muscular.
- Respeitar os limites físicos da criança.
- Registrar quedas, dores e sintomas em um caderno.
- Compartilhar essas anotações com o médico.
- Evitar julgamentos como “preguiçoso” ou “desastrado”.
Lembre-se: essas observações são dados valiosos para o diagnóstico.
FAQ sobre Hipermobilidade em Crianças
- O que causa hipermobilidade? Ela pode ser genética ou relacionada ao colágeno, influenciando a elasticidade das articulações.
- Toda criança flexível tem hipermobilidade? Não. Muitas são apenas naturalmente flexíveis e não apresentam sintomas. Mas os estudos mostram que mais de 90% das crianças com hipermobilidade queixam de algum tipo de dor.
- Quais profissionais podem ajudar no diagnóstico? Preferencialmente um profissional que conhece hipermobilidade.
- A hipermobilidade tem cura? Não existe cura, mas o tratamento adequado melhora a qualidade de vida e reduz quedas e dores.
Conclusão
A hipermobilidade em crianças pode passar despercebida por muito tempo, sendo confundida com preguiça, moleza ou falta de atenção. Entretanto, quando surgem quedas frequentes, dores e fadiga, é essencial investigar.
Pais atentos fazem toda a diferença. A sua observação cuidadosa é o primeiro passo para garantir diagnóstico, tratamento e qualidade de vida.
Se este artigo esclareceu suas dúvidas, compartilhe com outros pais! Você pode ajudar uma mãe ou pai a entender que não está sozinho nessa jornada.
E lembre-se: informação é poder, mas o cuidado especializado é essencial.
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